76 – Associação de Proscilaridina-A e Verapamil por via oral no tratamento da angina do peito instável, Rev Bras Med (Cardiologia), 1985; 4:99-108

Contribuição inédita à literatura mundial.

Resumo:

A presente série de 14 casos de portadores de angina do peito instável, com a idade média de 53 anos (33-78 anos), admitidos em média com 10 dias (10-40 dias) após o início da síndrome clínica, foram submetidos à associação de Proscilaridina-A (1,5-2,0 mg./dia) e Verapamil (240-320 mg./dia) por via oral e apresentaram os mesmos resultados obtidos com o emprego de outros cardiotônicos (Estrofantina-K ou G, Digoxina e Lanatosideo-C) por via parenteral. A manutenção tem sido registrada com a média de 30 meses (4-117 meses). Em apenas um paciente houve evolução tardia para o enfarte do miocárdio 24 meses depois, para a insuficiência cardíaca congestiva aos 30 meses, registrando-se o óbito aos 60 meses de sua observação.

O tratamento assim instituído é destinado ao atendimento de nosso antigo conceito sobre o mecanismo eminentemente miogênico para o desencadeamento da angina instável: falência miocárdica regional primária e isquemia miocárdica secundária, frente às permanentes condições de pobre suprimento sanguíneo da aterosclerose coronária. O cardiotônico é encarado como o medicamento antienfarte e o dilatador coronário como o antianginoso e sua associação tem sido apresentada nos últimos 13 anos como o tratamento mais eficaz e seguro da angina do peito instável; sua manutenção representa a preservação funcional do miocárdio isquêmico a longo prazo e propicia na maioria dos casos a reinstalação de condição clínica com característica de angina do peito estável; enquanto muitos retornam à condição de coronariopatia silenciosa.

 

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