45 - Taquicardia paroxistica nodal AV inferior com QRS aberrante e bloqueio retrogrado progressivo nodal AV-auricular, Arq Bras Cardiol, 1961;14:213-20

Contribuição inédita à literatura nacional.

Esses 2 casos foram assim interpretados e sugeriam também a presença de WPW que mais tarde foi bem caracterizada juntamente com mais 2 casos de Ritmo nodal AV tipo 3 de nossa classificação e publicados no I Congresso Virtual de Cardiologia pela Internet em 1999 (ref. 86)

Resumo:

O autor apresenta 2 casos de taquicardia paroxística nodal inferior com bloqueio retrogrado progressivo nodal AV-auricular (fenômeno tipo Wenckebach) com aberrancia do complexo QRS, que simula a origem ectópica ventricular.

No caso 1 há marcante variação da condução R-P nos períodos de (0,24, 0,27 e 0,35 ou 0,24, 0,28 e 0,35 seg.) que condiciona uma irregularidade de P-P enquanto R-R é de absoluta regularidade.

No caso 2, a variação da condução R-P (0,18, 0,20, 0,23 ou 0,19, 0,21 e 0,23 seg.) condiciona as médias aritméticas de 0,20 e 0,21 seg., que vêm garantir o aspecto de absoluta regularidade nas distâncias P-P e de R-R, embora diferentes entre si. A falha auricular (bloqueio nodal AV-auricular) é registrada em períodos exatos de 4:3 no caso 2 enquanto no caso 1 embora predomine o tipo 4:3, foi também observado o tipo 3:2.

O registro de um ocasional complexo QRS de duração normal seguido de onda P retrograda (fig. 2D) indica ao autor a origem nodal AV com aberrancia do complexo QRS durante o registro dos paroxismos.

O autor refere-se à discordância na interpretação dos casos publicados na literatura, quando uns autores consideram-na como taquicardia ventricular com resposta auricular retrograda, enquanto ouros, como o autor, acreditam tratar-se de taquicardia paroxística nodal AV inferior com QRS aberrante.

O autor baseia-se: a) na absoluta regularidade de R-R das taquicardias paroxísticas supraventriculares; b) na relativa raridade de condução retrograda dos fenômenos ventriculares sem a interferência sinusal; c) na maior freqüência da variação do R-P em fenômenos nodais AV que propriamente ventriculares; d) ocasional recuperação do ramo esquerdo, mostrando QRS de duração normal seguido de P retrograda, caracterizando a origem nodal AV inferior no caso 2.

 

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