Instituto de Combate ao Enfarte do Miocárdio

 


 

Dor de Angina, Alerta para o Paciente Coronário

 

Quintiliano H. de Mesquita, Cardiologista

 

A circulação coronária é constituída por 3 artérias coronárias epicárdicas calibrosas que se ramificam dando vasos superficiais e penetrantes ou transmurais dividindo entre si todo o coração como responsáveis pela irrigação sanguínea que vai garantir a integridade miocárdica e principalmente a fundamental propriedade da contratilidade cardíaca.

 

A doença coronária sintomática representa somente 38% dos pacientes, em relação ao estresse físico e emocional que produzem a dor de angina desencadeada pelo desequilíbrio entre a maior demanda imposta ao coração e o reduzido fluxo coronário com déficit de oxigênio e energizantes, que caracteriza a isquemia miocárdica com resultante disfunção miocárdica regional

 

Em geral, a sintomatologia provocada por estresse físico ou emocional é prontamente aliviada pela interrupção dos esforços ou pelo uso de nitratos. Esta sintomatologia normalmente serve como um aviso para os pacientes serem cuidadosos na convivência com sua doença, respeitando seus próprios parâmetros e admitindo a dor de angina como um aviso e sinal vermelho para sua segurança.

 

De outro lado, nos casos de doença coronária assintomática, que representam a maior parte (62%), os pacientes têm sempre luz verde, mesmo em condições adversas da relação coronária/miocárdio. Isto ocorre, a despeito da isquemia miocárdica ser produzida pelos mesmos agentes desencadeantes dos pacientes sintomáticos, o que nos tem levado a definir a doença coronária como silenciosa, insidiosa e traiçoeira.

 

O coronário assim desprotegido ignora sua doença silenciosa e por isso o que se vê na pratica é que ele de repente é surpreendido, bem como a família e seu meio social, pelo aparecimento de súbitos acometimentos sintomaticamente alarmantes da Angina Instável do pré-enfarte, do Enfarte Agudo do Miocárdio, Insuficiência Cardíaca e Morte Súbita.

 

Desta forma, consideramos os pacientes sintomáticos como privilegiados na doença coronária, levando-se em conta a vantagem que têm com o sinal vermelho representado pela dor de angina, quando ultrapassam seus limites.

 

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